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REFLEXÃO DE UM ABIÃ

São textos criados como reflexão sobre o ser humano e seus mitos. Com um olhar peculiar de quem vem procurando caminhos e explicações sobre a existência através da diversidade. Difundir esses textos via rede, foi um apelo de alguns amigos que acatei com muito cariinho, e me servira como laboratório para projetos maiores, portanto espero que gostem, façam seus comentários, indique a outros amigos ampliando a rede para que os textos ajudem de alguma forma aqueles que como eu, procura ler e reler caminhos trilhados.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Os Workshops “Bioenergética e o teatro” e “Ação dramática e Idéia Central”


CAOS8- COMPANHIA DE ARTE OSTENSIVA
Apresenta:
Os Workshops
“Bioenergética e o teatro”
E
“Ação dramática e Idéia Central”

QUEM SOMOS

O grupo teatral CAOS8 DA COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO "nasce" em 1998 como uma Cia de teatro e os primeiros espetáculos, que caminham em direção a um grande desafio: a responsabilidade de formadores de opinião mesclada ao exercício do espírito crítico.
Em 2000, o grupo, patrocinado pela Ericsson Telecomunicações SA, cria o projeto ARTE NA AACD, cujo objetivo principal é contribuir para a melhoria da qualidade de vida e inserção social de crianças portadoras de deficiência.
Com o decorrer dos anos passou a se dedicar ao que denomina como arte com responsabilidade social, dimensionando novos públicos e usando da generosidade dessa arte para conscientizar, e mostrar caminhos para uma cidadania sólida. A partir de 2006, cria um projeto de educação empresarial, aonde teatro vem derrubando paradigmas e colaborando na melhor qualidade de vida dos funcionários das empresas. Hoje nos dedicamos à formatação de projetos, sociais e estudos, sobre o terceiro setor, gestão e empreendimento, parcerias, procurando a melhor forma de integrar e interagir com a sociedade..

APRESENTAÇÃO


Dentre os projetos desenvolvidos pelo grupo CAOS8, temos oficinas e Workshops destinados a todas as pessoas que buscam um autoconhecimento, através de jogos teatrais. Cada participante tem a possibilidade de descobrir-se como ser social. È o teatro colaborando com a integração social e resgate da auto-estima.
Os Workshops: “Bioenergética e o teatro” e “Ação dramática e Idéia Central” são dois trabalhos de técnicas distintas que visa abrir novas possibilidades de apreender a arte do ator. Dirigido a grupos de teatros amadores preocupados com novas possibilidades do fazer teatro e para pessoas (não atores) que buscam enriquecimento pessoal e para profissionais que vêem nas artes ferramentas para aplicarem em suas empresas como dinâmica de grupo e trabalhos de motivação de equipe o que denominamos como Educação Empresarial.

OBJETIVO

Esses Workshops visam fomentar um grupo de interessados em proporcionar uma melhor qualidade de vida ao próximo, tendo como argumento inicial o teatro. O objetivo é estimulá-los ao trabalho em equipe desenvolvido num processo teatral, a colaboração, o saber ouvir, saber organizar idéias, e conviver com a diversidade, são instrumentos imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida de qualquer pessoa. Portanto essa iniciativa é um inicio de formação de indivíduos cônscios do mundo em que vivem, através do conhecimento da linguagem do corpo e trabalho em equipe.

OBJETIVO ESPECIFICO

Apresentar novas técnicas a grupos de teatro
O teatro como porta voz, das ambições de mudanças e conscientização
Usar linguagem do corpo como forma de expressão
Formar uma estrutura dramática para apresentação de trabalhos
Novas técnicas para performance do ator
· Perceber o corpo e o movimento como forma de linguagem
· Constatar as qualidades de movimentos que se tem no dia a dia
· Verificar as dificuldades individuais de integrar-se ao coletivo
· Exercícios e Técnicas de integração de grupo

PROGRAMA
Bioenergética e o teatro
Um trabalho de com base na conscientização e na linguagem do corpo, “O corpo fala”. É cada vez maior o numero de pessoas interessadas em ampliar suas possibilidades de experiência, em desenvolver novos sentidos para suas vidas, em aumentar sua capacidade de contato consigo mesmas, com os outros e com os acontecimentos.
Embora seja dedicado a atores em formação, com base no enriquecimento pessoal e atualização de técnicas de expressão, esse workshop vem suprir o interesse crescente do público em geral pelas contribuições que o teatro vem dando a outros setores, como treinamento em empresas pelo enriquecimento que tem a oferecer à melhoria da qualidade de vida do homem atual.
Formato:
Tempo: 4hs (Quatro Horas)
Recomendações: Roupas adequadas ao movimento corporal
Público Alvo: Atores, Profissionais de RH, e todas as pessoas interessadas em trabalhos de autoconhecimento.
Faixa Etária: Acima de 16 anos.

Ação dramática e Idéia Central
Esse workshop visa passar técnicas de estrutura dramática de uma forma prática e dinâmica, e como transformar de forma rápida uma pequena história em ação dramática, mostrando facilitadores dentro da estrutura de texto, ancorado em ferramentas que auxiliam na comunicação do contexto apresentado.
Portanto torna-se um instrumento valioso para o mapeamento do texto escolhido, no caso de grupos de teatro amador e também para professores de escolas que se interessam em desenvolver teatro com seus alunos e geralmente prejudicado por trabalham num período geralmente insuficiente e com crianças sem experiência alguma de palco. Esse trabalho visa apresentar técnicas que fazem de uma simples estória, (literatura) ser apresentado com bases em técnicas de dramaturgia.
Tempo: 4h (Quatro Horas)
Recomendações: Roupas adequadas ao movimento corporal
Público Alvo: Atores Amadores, Professores do ensino fundamental, e todas as pessoas interessadas em artes cênicas.
Faixa Etária: Acima de 16 anos.

coordenador:

Sérgio Cumino.
Ator, Diretor Teatral – poeta, e atua na formatação de projetos de cunho social para Terceiro Setor.

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domingo, 14 de março de 2010

Movimento Negro potencializa uma nova dinâmica

Movimento Negro potencializa uma nova dinâmica
Artigo inspirado no texto “o tempo e o papel do Movimento Negro. ’’ de Sérgio São Bernardo

“ A AÇÃO SE DA EM CURSO DE REALIZAÇÕES
DE SUAS PRÓPRIAS LUZES”
Jean Paul Sartre

A questão de identidade vulnerável que ainda vemos nos articuladores sociais, e a auto-afirmação do que não se sabe muito bem, é o que aflige a maioria dos brasileiros. Caetano Veloso soube dar uma síntese o que configura a personalidade do nosso povo, “Narciso acha feio o que não é espelho”. Por conta disso todo apoio as políticas afirmativas são de fato necessárias, mas tem que se ter cuidado de ataque xenofóbicos. Acaba usando contra o opressor racista, as mesmas armas, se o que questionamos é a intolerância porque combatê-la com a intolerância. Vemos que os massacres que ocorrem em África na Nigéria, entre mulçumanos e cristãos é o que resulta esse tipo de olhar.

Esta evidente tem que se ampliarem as formas de olhar, se distanciar e observar pelo lado de fora. Para aprofundar uma discussão definir planos de ação, é importante atingir um ponto de vista fora do objeto das preocupações, assim podem saborear a eficácia e a alavanca da critica. O movimento tem em si, o peso de por em pauta, séculos de injustiça, ser herdeiros e responsáveis de rever uma história não muito explicada e nada convincente, ser arauto de uma ancestralidade que é renegada, sabendo que nem todos é o inimigo numa sociedade pluralista. Ver irmãos que preferem como ídolos, o gospel norte americano, que vem embargado do marketing, e socialmente aceito, dentro da moral cristã, do que qualquer mitologia primitiva.
Esse distanciamento é necessário para a reflexão especialmente quando se trata de fatos psicológicos, inseridos subjetivamente neles e os afastam de qualquer forma de discernimento. Olhar de fora significa apreciar sobre o ponto de vista do outro, para isso é preciso atingir um conceito satisfatório da alma coletiva européia, é um processo que leva o grupo a ir de encontro com as incompatibilidades que instituem o próprio preconceito, a peculiaridade do movimento. Em tese tudo que irrita no outro pode ajudar para o conhecimento de si próprio.
São de fato as pessoas ideais para ser porta voz de todo esse contexto. Faz-me lembrar da montagem do espetáculo teatral LEMBRAR É RESISTIR, texto de Analy A. Pinto e Izaias Alma, encenado em São Paulo, em 1999. Linguagem é extremamente realista, calcada no espaço cênico - as celas onde de fato ocorreram prisões e torturas durante a ditadura militar. O antigo prédio do DOPS em São Paulo, sendo que na maioria do elenco era formado por atores que viveram de fato o terror entre aquelas paredes, houve todo um trabalho, que os distanciassem do fato, uma forma de calibrarem seus emocionais, e retornarem a cena dando a veracidade comovente.
Num país capitalista, e pelo que se observa é ainda selvagem, conseguem olhar questões do espírito como mercado, fica difícil, emplacarmos qualquer possibilidade nova sem estar relacionado ao mercado, especificar o publico alvo. Democracia também tem que ser o direito de manifestação das minorias. Talvez seja essa nossa utopia. Assim sendo espaços são ocupados pelos detentores do capital, para tornarem mercadoria, na maioria lixo, e saber quais destinos desse espaço, com que futilidades ocupam seus editoriais, e quais as funções funestas que existem por trás, sugiro ler alguns dos artigos do nosso parceiro Edson Cadette que nos mostra com toda propriedade as quantas andam os tais espaços.
“Quem deseja e não age gera a peste”. Willian Black. Os movimentos são cônscios do panorama nada favorável para ações sociais quanto a isso não é preciso de lembranças, era, é, e será assim. Primeiro dentro do movimento precisa-se separar o Joio do Trigo. Convivo aproximadamente trinta anos, com trabalho em grupo, e dividimos idéias com aqueles que desejam matar o velhote inimigo que morreu ontem, sob o jargão de ABAIXO A DITADURA, outros fazem do seu medo de viver uma bandeira de luta, e outros contem comigo, à medida que não precise fazer nada, e sobra uma minoria que procura restabelecer a gestão e a vida do movimento – que busca objetividade de reintegrá-la a ciências humanas, restabelecendo a conexão com a literatura, história, a filosofia,
Defender ações utópicas é hoje a valorização da comoção ou sentimento de exclusão descomedido. O qual torna contraproducente para avanços sociais de fato, quando me aproprio do discurso improvisado feito por Caetano, no Festival de musica da PUC de São Paulo, “vocês são a juventude que mata o velho inimigo que morreu ontem”. Porque acredito que nenhum burguês branco de o mínimo de bom senso esta em condições de contestar a efetiva possibilidade, de avanços sociais vitalizando as diversidades, através de forças intelectuais e ações conjuntas afirmativas, contribuindo com a inclusão social de alguns segmentos ou de negar o que ocorre hoje avanços oriundos de organizações sócio-políticas nas lutas pela igualdade.
Todavia devem-se criar propostas claras para eliminação dessas desigualdades. Aproveitando da expressão do Sérgio São Bernardo “Os africanos não nos legaram a utopia.” ou “O futuro nasce de lutas que se afirmam na existência do aqui e agora ”Pensarmos em possibilidades históricas mais em termos de ruptura do que com continuidade com a história passada, (a contada nos padrões morais europeus) como um elemento de negação mais do que afirmação antes como um salto nítido como um progresso continuo. Não a negação pela negação, e sim a construção de uma antropologia que segue alem da teoria, mas assume como modo de vida.
A quebra do sentido utópico é justamente a negação histórica- social travestida pela generosidade colonizadora, subjugando a força social, mítica, dos demais povos, que povoam e são a alma desse país. É a tomada de consciência delas, e substituição com a nova narrativa histórica que germina nos movimentos sociais negros, como bem observa Sérgio São Bernardo. Exige uma posição muito realista e muito pragmática, uma oposição livre de todas as ilusões, mas também de qualquer derrotismo, uma alternativa que, graças a sua simples existência, saiba evidenciar, as possibilidades de avanços no próprio âmbito da sociedade existente e saber avaliar os saltos qualitativos, para que se de movimento (vida dinâmica) ao movimento.
Querendo objetar o racismo camuflado, quando mergulham em ditames sobre valores de igualdade forçosamente dando um ar de espiritualização significa a possibilidade de uma aparente igualdade. Mas teremos uma sociedade renovada com valores de fato humanitários quando seus atores forem de fato livres dessas duvidosas bênçãos do sistema. Esse espírito libertário surge em momentos sublimes um deles quando nos deparamos com textos como do Sérgio São Bernardo em que discute o tempo e o papel do Movimento Negro.
Esse espírito de renovação de valores que emerge nessas discussões, diz respeito de como dão sentido as nossas vidas e as vidas de nossos irmãos, diz respeito ao restabelecimento do significado de igualdade. Para a libertação da consciência do qual falamos precisa mais do que a discussão e sim a capacidade de como o negro opera nesse movimento em sua integridade, como nele se anuncia a vontade de viver, ou seja, a vontade de ser integrada com sua mitologia, sua ancestralidade seus arquétipos, sua vontade de viver em paz.
O movimento negro pode ainda não enxergar os efeitos positivos de suas ações, mas devem continuar exercê-la afim de ainda atuarem como cidadãos. ser felizes com as conquistas de seus valores. E não poderão ser felizes, não poderão exercer um trabalho humano, se mantiverem ligados aos valores dos colonizadores.
Nossa cidadania ainda é perversamente européia, branca e judaica- cristã. A fixação européia da palavra “bom” estar ligada distinção de “nobreza” onde se desenvolve a ordem social privilegiado quanto à alma, contrapondo com conceitos de “vulgar”, “plebeu”, “negro” na noção de mau. Surge aí que todos os efeitos etimológicos da palavra, “bom”, foram apropriados a dar suporte moral da classe superior. Seus modos, seus costumes, sua religião, a base cultural desse sistema dualista entre “bom” e “mau”. Somente uma mudança de valores morais, apontará caminhos prósperos, precisa-se construir uma abolição subjetiva, ou seja, uma emancipação dos escravos da moral, aí começaremos a ter ações vitoriosas.
A revolução dos escravos da moral começa quando essa negação chegar a produzir valores, “Enquanto que a moral da aristocrática nasce de uma triunfante afirmação de si mesma, a moral dos escravos opõe um “não” a tudo o que não é seu: este “não” é o seu ato criador. ”F. Nietzsche. Para ser criativo e efetivamente consciente da missão social que se dispõe, é importante apurar o olhar como foi dito para evitar que a carga emocional torne-se rancor, o homem rancoroso não é nem franco, nem cândido, nem leal consigo mesmo. O homem rancoroso fica obcecado pela figura do opositor, designa-o, concebe-o como um ícone, uma antítese do bom de si mesmo. O rancoroso, pode se tornar mais intolerante, que o racista.
O movimento não pode permanecer isolado, tem que ser ostensivo, levar suas idéias ao debate, apurar suas reflexões. Se ficar preso ao próprio circulo restrito, se não difundirem essa afirmação como diferentes, cultura, sociologia, crenças e mitos, que se destina a desempenhar uma função decisiva na transformação de nossa sociedade, o movimento desempenhara tão somente um papel secundário. O grande valor de toda essa discussão que se tem todas as ferramentas para emergir do ambiente restrito e ampliá-lo a ponto de nele englobar forças capazes de trabalhar material e intelectualmente pela transformação. Através de um movimento intelectual, artístico, cultural encontrará de forma criativa, meios, espaços e alternativas de mudança de valores e moral, sem rancor, mas sob os códigos do amor.
Sérgio Cumino.
Ator, Diretor Teatral – poeta, e atua na formatação de projetos de cunho social para Terceiro Setor.

HOMENS A UMA VIGILIA - Mulher Mito da vida


HOMENS A UMA VIGILIA - Mulher Mito da vida
Desculpe-me as mulheres, mas, esse “dia Internacional das mulheres” meu texto é dedicado aos Homens. Não é nenhum manifesto chauvinista não se preocupem. Mas vejo aqui uma oportunidade de nos reencontrarmos com a natureza, com a anima, com a espiritualidade. Em suma o encontro com a Deusa, que na maioria das mitologias representa a natureza. Convoco todos os homens para que façam uma vigília a fim de apurar seus olhares em busca de um homem melhor. Faz-se urgente o equilíbrio do espírito, vivemos numa sociedade que nos distancia cada vez mais da nossa natureza, dos elementares que movem nossa alma, o que gera conflitos existenciais, e desavenças em nossos relacionamentos, nos fazendo perder a magia do amor, tanto para conosco quanto para o próximo. Vivemos num momento em que temos que conciliarmos nosso espírito com a natureza, (A Deusa).
Existirão os que questionaram de “o qual a contribuição para avanços sociais”. Afirmo que não haverá avanço social se não nos reencontrarmos com nossa individuação. A cultura judaico-cristã que prevalece na nossa sociedade brasileira tem como símbolo mitológico o Deus que representa a sociedade. Segundo Joseph Campbell “E quando se tiver uma mitologia que acentua um deus, e não uma deusa tem ai uma religião que acentua a sociedade sobre a natureza, Então com a queda a própria natureza é amaldiçoada”. Temos na história da humanidade formas de exterminar a natureza. Uma delas foi o genocídio de mulheres acusadas de feiticeiras, que foram levadas a fogueira em nome Deus, sobre o pretexto de manterem-se as ordens sociais. O que eram essas mulheres, se sacerdotisas de seitas celtas, que cultuavam sua espiritualidade junto com elementares da natureza e mais uma variedades de povos ditos pagãos, que viam na natureza formas de encontro com espírito.
Quando vemos a devastação que se faz da natureza, e os efeitos que causam no meio ambiente, notam-se os mesmos males nas relações sociais. Esta inserida na tradição não confiar na natureza, porque ela decaiu, pecou. Nossa vida tornou-se uma mistura de Deus e o Mau. A origem de uma intolerância religiosa com os mais variados povos, que cultuam seus elementares. Aqui não foram diferente quantas histórias vemos nos ilês espalhados pelo Brasil, onde nossas sacerdotisas Yalorixas mulheres exemplos de lutas e resistências verdadeiras guardiãs da magia da natureza, harmonia da vida com o espírito, a Deusa, em nosso panteão africano, representada por varias deusas, nossas Yabas, nossas mães. Nossas sacerdotisas são verdadeiros ícones, e apresentam o melhor do anima elemento feminino, bem definido por Jung. O que fascina na mitologia é a universalidade. Seja ela de Afrodite, deusa dos oceanos que incumbe a Psique, ficar presa na rocha a espera de seu casamento com a morte, ou a mais variada mitologias que revelem a mulher como e suas ligações com elementares da natureza.
As mulheres por conta desse domínio patriarcal sempre foram subjugadas, o que na maioria das vezes se organizavam escondidas, uma forma de protegerem seu poder para que não fosse dirigido pelo homem. Tudo o que há na natureza temos em nossos corpos. E a mulher através da anima tem esse poder nos seus corpos é portador de todos esses encantos, enquanto os homens têm de adquirir esse poder. As relações sociais oriundas do esquema escravagista fizeram com que criassem uma estrutura social e religiosa, onde as detentoras desse conhecimento ficaram nas mãos de quem são de direito as mulheres.
A caça as bruxas ocorrida na idade média, chegou aqui, assim como a escravidão a inquisição em tese foi abolida. Todos sabem ainda existem preconceito e intolerância, ambos as ações vindas de uma mesma matriz, européia, patriarcal branca e dualista, cuja cultura mítica é o Deus, que vive lá no céu e nós aqui na terra, e a natureza fica no meio desse jogo entre o sagrado e o profano, o bem e o mau, o puro e o pecado. Aceitar essa vigília se disponibilizar a olhar e sentir a anima começa a ser uma missão nada tênue sentiremos o solo firme da racionalidade, lógica e da razão abalar-se sobre nossos pés. A mulher reconhece mais o animus, elemento masculino, como muito mais facilidade que o homem, o anima isso tudo por terem a consciência da energia em seus corpos.
Mas o ato de observar se torna muito mais complexo quando nos voltamos para dentro, onde também necessitamos de claridade. Luz é intrinsecamente ligada à mulher. A observação e a luz se completam ao contrario não seria possível ver. Mas para observar-lhe o detalhe, temos que olhá-lo atentamente, com carinho, afeição e ternura. Como vemos perda das qualidades e da energia feminina na sociedade de hoje constitui um problema psicológico premente. Atinge dolorosamente a vida emocional de homens e mulheres.
Se continuarmos a viver sob o cunho de uma cultura patriarcal, estaremos condenando a humanidade a seu mais profundo limbo. Existem vertentes religiosas e morais que tem como filosofia banir o pecado e o mau dentro de uma tradição moldada por e para os homens que garantem a sua soberania e poder. Esse embrutecimento da humanidade, com base nessa visão dualista e discriminatória causadora de guerras e genocídios em toda nossa história. E grande responsável do seu descontentamento, solidão, sensação de falta de sentido, mau humor e violência. Contra a Natureza, contra si, sobretudo contra a Mulher. Através da valorização da força bruta e da conquista de territórios, geram um grande desequilíbrio dentro e fora de nós.
A terra como uma entidade viva. E não há nada na terra que não exista dentro de nós, as energias que circulam no olorum, coabitam em nosso corpo. Essa é a idéia da mitologia básica que foi completamente eliminada da Bíblia desde o livro de Genesis, onde vemos isto: ”Tu que é feito do pó e ao pó retornaras”. A terra não é pó. A terra é mãe. Sendo assim olhe, para as mulheres que conhece, mas antes busquem na lembrança, todas as menções de sabedoria e vinham de nossas avós, sim essas velhinhas, quase na maioria analfabetas, mas detentoras de sabedorias, que nos indicam caminhos até hoje, isso é sinal que a sabedoria da natureza atua nessas amadas mulheres.
Mas para observar uma mulher temos que nos livrar dessas amarras seculares, para isso indico uma imagem citada por Goethe: “No cimo das colinas reina a calma, no cimo das arvores, mal se tente um sopro. Os passarinhos silenciam nos bosques. Apenas espere e você silenciará”. Como dizem os Taoistas, no qual nos redemos a natureza e nos entregamos a ela. Ou nas culturas primitivas, nas quais as pessoas se apóiam na natureza. Perceber que a natureza é boa provoca uma transformação total da consciência. Nunca esqueçam o universo esta mais próximo do que se imagina, ele esta nas mulheres com as quais convivemos, nelas pulsam essa divindade. Fundamento do mistério supremo, fonte transcendente e energia do universo, que é também força misteriosa da vida, própria de cada um – e de todos.
Ao olhar para essas mulheres com seus olhos cheios de afeição, de amor, estabelecerá uma relação imediata. Quando for capaz de olhar uma nuvem com olhos que estão vendo pela primeira vez há então uma relação profunda, o fator mitológico primordial é o que Jung chama de coniunctio oppositorum, a conjunção dos opostos. Fundindo-se num belo equilíbrio entre si, uma dança. O prazer de um casal dançando é o do par de opostos numa relação harmoniosa. Façamos nossa vigília sempre e diariamente, para resgatarmos em nossos corpos à volta a natureza, a natureza feminina que ocorre naturalmente dentro da mulher. Assim nossas mulheres não precisarão fazer vigílias contra a violência sofrida por nós homem, e sim se encontrarem para celebrar a existência da Deusa.
Dedico minha vigília as divindades que
fazem de mim um Homem melhor:
Juliana, Carolina, Camila e Guiomar (minha mãe).

Sérgio Cumino

Da Benção da Mãe Preta ao Asé do Zumbi do Palmares


Da Benção da Mãe Preta ao Asé do Zumbi do Palmares
A mitologia Africana tomando as praças suplantando: signos da resistência, bandeiras ativistas e homenagens alegóricas – e situa-se para lá de nossas compreensões e sendo reflexo dos nossos inconscientes indicando caminhos e transcendendo-nos ao rumo de nosso Asé, presenciei em dois momentos distintos um 30 de setembro de 2009 AGUAS DE SÃO PAULO - LAVAGEM DA MÃE PRETA – e 20 de novembro de 2009 - DIA DA CONSCIENCIA NEGRA – LAVAGEM DE ZUMBI DOS PALMARES, praça da Sé em Salvador, ato que combinou com a Caminhada contra a Intolerância Religiosa também na Bahia.
A lavagem é um ato simbólico que representa a limpeza e a purificação da cidade e de seus habitantes. Estava nesses eventos por na ocasião trabalhar numa revista com a linha editorial ligada ao publico do Candomblé, mas mesmo insistindo, em nenhum dos eventos citados despertaram interesse de cobertura por parte da revista, se quer uma nota, seja pela importância política ou pela questão mítica, mas para mim a presença não foi em vão. Me sinto com uma divida pessoal com os organizadores de São Paulo assim como o CEN (Coletivo de Entidades Negras) e mesmo desligado da editora, insisto em repartir minhas reflexões que procuro me ater ao surgimento a evocação de mitos, ligados ao nossa ancestralidade em meio a um ambiente sócio-político.Parodiando o modernista Oswald de Andrade talvez o biscoito que produzo não seja tão fino assim. Deste modo partilho com vocês leitores e membros do Correio Nagô e demais convidados. Quem sabe as Reflexões desse Abiã despertem interesse em outra editora e torna-se artigo de uma nova revista.

Passe pelo largo do Paissandu, no centro da cidade de São Paulo e vai se deparar com essa santidade ESCULTURA DA MÃE PRETA. Com seus lábios grossos, formas avantajadas, gestos delicados, olhares ternos a essência da beleza da MULHER, a beleza da alma, da mãe, da fertilidade, e o que é mais enfático a valorização da vida e como uma Deusa representa a natureza. Ai vem um leitor desavisado e protesta – “Que santa que nada, ela é uma criação de um artista qualquer”. E como um artista abusado que sou, retruco, a esse representante da mediocridade dualista, para ele, uma Santa, tem de ser personagem que viveu na História e que se dedicou a Igreja ou coisa que o valha e necessita de possíveis milagres ou condições sociais e até política, para ser canonizado pela Santa Madre Igreja.

Esta é uma das diferenças que as religiões de matrizes africanas têm que é a consciência de que nós, humanos, não somos os únicos seres do universo que tem personalidade, presença e mesmo subjetividade. Para nós do Asé a Mãe Preta realmente é um símbolo Mítico não pela História de sua vida e sim pelo Mito que se tornou. Há alguns irmãos de santo que somente a vêem como um símbolo (alegoria) da resistência a intolerância religiosa, mas combateremos quaisquer preconceitos quando a fé e as forças que a regem vir às ruas com suas belezas e seus mistérios, ou como diz Muniz Sodré –Melhor forma de combater o preconceito é o amor -. Mesmo se Mãe Preta representasse apenas o signo de uma resistência sócio-política, em prol das diversidade étnicas, já vejo aí um grande passo.

Voltemos ao “artista qualquer”, não é o primeiro e oxalá não seja ultimo, artista com ou sem religiosidade, onde sua arte conecta diretamente com as almas do Olorum pelos arquétipos do inconsciente ou como disse Shaun Mcniff o artista plástico Norte Americano “Há uma paisagem da mente que precisa ser alimentada pela paisagem real”. Pois bem, como em conversa com OFA Miran, Pai Beto, babalorixa do candomblé paulista e um dos organizadores do evento “Águas de São Paulo” que culmina na lavagem da escultura. “A MÃE PRETA que simboliza a maternidade, sagrada em nossa religião” aí perguntei O que ele imaginava - se chegou a passar pela cabeça do escultor que sua obra encomendada pela prefeitura da cidade de São Paulo viria a se tornar um verdadeiro mito?Com um sorriso revelador, disse não fazia idéia, mas que sua mão com certeza estava Abençoada pela Mãe Osun.
'Mãe Preta “(1955) escultura de Júlio Guerra -Largo Paissandu- São Paulo/SP-Brasil
Ao lado da Igreja N.Srª do Rosário dos Homens Pretos. Escultura 'MÃE PRETA'- é uma homenagem à Mucama que dava seu leite ao filho do 'Senhor', sendo que para isso, muitas vezes, era sacrificado seu próprio filho, para sobrar leite ao seu 'filho branco'. Com quase três séculos de existência, a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos é uma referência para movimentos de consciência negra, ligados a igreja catolica, porque apresenta uma tradição religiosa que remonta aos tempos dos primeiros escravos.
A escultura quando aprovada para ser colocada na praça ao lado da igreja de certa forma era uma conquista de ações organizadas e toda a representatividade social da época, mas ela passou a ser um icone maior que uma expressão da história e o registro artistico da condição da mulher escrava no Brasil. Superou a alegoria o fato definitivo e ela tornou-se um mito, além das representações catolicas que fortalecem a igreja vizinha. O mito é a transcendencia a imagem da mucama amamentando, é uma sabedoria que vive em nós e representa a força desse poder, dessa energia, que flui no campo de tempo e espaço, fundamentando-se nos arquetipos de nossa ancestralidade.
A chamo de santidade uma por ser uma referencia a manifestação religiosa formada por indios e negros no seculo XVI em resistencia ao cristianismo e a inquisição no Brasil e outra como referencia a divindade que vem se formando, e o fluxo de energia e inspiração que fazemos circular.
Ha rumores dando tom de fenomento que começa a se delinear na capital paulista. A escultura em homenagem à Mãe Preta está começando a ser venerada com fervores religiosos. São freqüentes as velas acesas ao seu redor; bilhetes manuscritos pedindo graças e terços atirados no seu dorso. No dia da Consciência Negra foi coberta de rosas. Os padres da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que domina o largo, não estão gostando; acham que as homenagens devem ser dirigidas à santa no altar. Dois detalhes: a escultura de bronze, instalada em 1955, a igreja foi fundada em 1711 e sua irmandade continua ativa; é uma das mais antigas do País.

O protesto por parte da igreja é até pertinente, que essas pessoas louvem os santos da igreja ali do altar do templo, afinal a escultura tem uma representação alegórica, mas o que parece sem sentido, faz-se mais significado do que se imagina. Surge ai um processo em que as relações do ego com os conteúdos do inconsciente, desencadeiam o desenvolvimento e uma verdadeira metamorfose da psique, o que de forma coletiva se encontra, nos diferentes sistemas religiosos e na transformação de seus símbolos. O que temos que atentar as pessoas à medida que vem crescendo sua devoção a escultura em busca de uma conexão com seu poder através do mito, torna-se uma relação organicamente relevante para vida dessas pessoas, como reflexos de suas almas, porta vozes de sua ancestralidade. A execução desses rituais centra o individuo, e a simples representação do mito, fazendo-os viver diretamente o mito.
Aquestão que a Mãe Preta foi além das palavras, da imagem, e ja aponta para alem de si mesma, o que podemos chamar de transcendencia. Devemos encontrar dentro dessa questão a sabedoria, não nos apegar a questão alegorica, como fazem alguns urbanistas, que torcem a boca quando se referem as oferendas deixadas aos pés da imagem, e sim encontrar os ensinamentos que enriquece nossa sabedoria pessoal, o sinal que nossa ancestralidade nos aponta com esses mitos urbanos é converte-los seus arquetipos num caminho próprio.

Ja a escultura do Zumbi dos Palmares de autoria da Artista Plástica Márcia Magno instalada na Praça da Sé na capital baiana já simboliza a história de luta e liberdade do povo negro.Como um ícone da resistência trás em si uma mítica inserida em seu signo e suas idéias que esta representada são reverenciadas como caminho que evoca nosso self espiritual a segui-lo a sermos levado a sua morada, que é nosso próprio coração, que é o mais profundo de nossa própria fonte espiritual. Quando ocorre a lavagem da escultura do Zumbi um ato ritual, extrapola a história e a sociologia, se vemos sua escultura e o ato da lavagem com duas metáforas assim sendo a ritualística (lavagem) têm conotações dos poderes espirituais que estão dentro do individuo. Não se louva a alma de Zumbi, e sim fortalece o arquétipo que o mito representa dentro de nós, por isso considerado o signo de toda uma raça, que tem ligação com a harmonização da consciência em si, em relação à base do ser na natureza, no corpo, que é em si uma manifestação do mistério. O ritual faz com que deixemos a interpretação histórica do símbolo numa posição secundaria dando relevância das formas simbólicas para nossa própria vida.
O Mito nos ajuda a reconhecer a profundidade do nosso ser, em suma a função principal dos ritos é orientar o individuo, levando a consciência onírica mais profunda e criativa, somado à consciência desperta que é critica, esse é o equilíbrio que buscamos o ASÉ!

Sérgio Cumino

*FOTO Mãe Renata

ÉTICA MOLECULAR




b>Ética Molecular
No decorrer da nossa história vivemos nos deparando com essas questões, como nossos organismos sociais, servem de fato a população. As indignações que menciona, partilho-as. Assustam-me mais quando ocorrem em sistemas menores ao nosso alcance, quando olhamos ao Macro sistema, com suas diversidades geográficas, de povos, culturas, de capital e etc. Um amontoado de complexidades e meandros que nos perdemos, na quantidade de forças atuantes e pelegas que imperam em nosso congresso. Mas o micro organismo, que revelam o que acontece em dimensões gigantescas ocorrem as nossas barbas por pessoas do nosso convívio. Sou chamado por organizações menores para formatação de projetos de cunho social, e vejo que muitas vezes se quer sabem como querem atuar, mas já tem brigas pelo poder interno, onde muitas vezes, me hostilizam por acharem ser uma ameaça a cúpula em exercício.
Nos anos 60 e 70 no auge da resistência, nos círculos intelectuais, discutia-se deviam empenhar-se por uma revolução da classe média (diga-se de passagem, quando se envolvem em causas sociais conseguem no mínimo mais representatividade) ou uma revolução operaria de fato. A pergunta era esse povo quer de fato, a tão sonhada democracia ou se seu sonho é serem burgueses? . Acho que o âmago da nossa questão esta ai. Vem à memória uma cena do filme Terra em Transe de Glauber Rocha , quando uma personagem interpretada por Jardel Filho, o jornalista e poeta Paulo pega o homem do povo, e quase aos delírios, falando diretamente para a câmera diz, - vocês querem ouvir a voz do povo – direciona o foco para homem do povo – fala povo! E o homem assustado se mantém no ensurdecedor silencio.
Vejo essa cena antológica, e que nada mudou, mesmo com a anistia ampla geral e irrestrita, do inicio dos anos 80, e ressurgimentos de frentes populares, até mesmo o nascimento do PT, como um partido ícone dessas lutas, tendo como base as manifestações dos operários nas greves do ABC paulista que abalaram de fato todas as forças. Esse alento mudou a cara do país. E conseguimos a tão sonhada Democracia, sonho esses de seguimentos muito específicos, e humanitários, porque nas feiras publicas, e reuniões familiares eram comuns quem defendesse a Ditadura Militar, e quantos declarados filhotes dessa ditadura ainda se elegem décadas depois.
Passamos 30 anos dessa mudança social, e vemos ainda não sabemos o que fazer com esse campo irrestrito que é a democracia?Ela nos mostrou que na sua amplidão de possibilidades, como Elder Vieira citou no seu artigo, caminhos para outras ditaduras que empacam a ação de fato democrática. Olhamos para os organismos democráticos menores, sindicatos, as organizações de bairros e associações de tudo quanto é tipo. São poucas as que de fato se preocupam com temas de responsabilidade social, inclusão e representação da comunidade junto ao poder publico. Na maioria são diretorias criando mecanismos para interesses próprios. Quantas ONGs não são criadas, e outras tantas investigadas, por serem mecanismos para colocarem as mãos na grana, seja de que origem for. O desejo de serem burgueses e de formas escusas continuam.
Essas pseudo-s organização vêem nas suas formas de lutar, aliar-se a candidatos, que profetizam ser o representante legítimo da comunidade em troca de seus votos, na maioria são esses que o amigo citou com repudio. Esses presidentes acabam sendo porta voz da falsa ilusão, e colocando no banco das assembléias esses sujeitos, que retornam as bases as vésperas da reeleição do próximo mandato. Lembro de uma vez encontrar uma desses paladinos comunitários, esse com o discurso afiado, detalhem uns são amestrados como mandam a cartilha, e parte da premissa que o povo é alienado, portanto meia dúzia de chavões é o suficiente para inibir o interlocutor. Retomando essa simpática liderança, veio me apresentar seu candidato, com seu folheto, (corpo a corpo) é trabalho das bases, depois de proliferar os versículos de seu magazine partidário com arrogância de sua “consciência política”. Causou-me certo asco, que precisei parar o discurso com uma pergunta: Sabe qual a diferença de sua atuação política e a minha? A minha desenvolvo ações de inclusão social, através de oficinas olhando nos olhos do participante, e buscando que ele reconheça em si seus valores. E você não passa de um cabo eleitoral, que faz do caixote de madeira da sua realidade, um pedestal para sua soberba.
Hoje vemos o segundo setor organizado, em questões de responsabilidade social, claro que movidos por motivos na maioria das vezes mercantis, mas o fato é que atuam nessas questões de forma mais profissional, e o que esta fazendo a diferença no país hoje. É esses empreendedores com a bandeira do comprometimento social, e o terceiro setor, os sérios, existem muitos que são. Vendo isso e a duvida do Elder que sabiamente a dividiu conosco, porque intui ser de milhões de brasileiros. Chegou a hora de fazermos um balanço de valores, dentro mesmo de nossas famílias, de nossos círculos, grupos, do que vemos como justiça social, e um senso de fato de comunidade, para iniciarmos não um macro revolução nesses valores, mas sim uma revolução molecular, com a atuação dirigida a melhor qualidade de vida de todos. Mudemos nossas células, para que assim, a ganância pelos privilégios do poder, não seja mais o objetivo de quem colocamos lá e sim ser um braço dessas forças. Portanto que nossas associações de mulheres, artistas, etnias, terceiro setor, fazendo sua parte, e criamos nossa revolução molecular.
Sérgio Cumino